quarta-feira, maio 02, 2007

A invasão silenciosa da spintrônica

Ciência amplia memória, aumenta desempenho dos micros e ameaça aposentar o silício

Flávio Dieguez

Você deve ter notado: de uns anos para cá, sem grande alarde, a capacidade de memória dos computadores deu um tremendo salto. Compare você mesmo: no final de 1997, os micros mais espertos do mercado tinham discos rígidos de 10 gigabytes (10 GB), o que significa 10 bilhões de unidades de informação. Hoje, apenas cinco anos depois, a memória eletrônica disparou para a casa dos 100 GB.

O motivo dessa evolução silenciosa foi o rápido avanço de uma nova modalidade da eletrônica – a spintrônica – na qual o que importa não é a carga elétrica dos elétrons, os personagens centrais de todos os circuitos elétricos inventados pelo homem, das lâmpadas incandescentes aos chips de computador. Esses benfeitores, com certeza, vão continuar a trabalhar para a humanidade. Mas, além da carga elétrica, vão exibir um talento inédito: a sua rotação. Daí o nome spintrônica, derivado de "rotação", que, em inglês, escreve-se spin.

Mas não está apenas na capacidade de armazenamento o potencial transformador dessa nova ciência. Em poucos anos, graças a ela, poderemos ter computadores que ao serem ligados ficam imediatamente prontos, dispensando todo aquele processo de carregar os programas. A revolução não deverá parar por aí: a nova tecnologia pode se estender também aos processadores, dispensando definitivamente o uso do silício.

Essa história começou, para valer, em 1988, com o trabalho de dois pesquisadores europeus: o alemão Peter Gruenberg, do Instituto KFA, e o francês Albert Fert, da Universidade Paris-Sul. Eles descobriram que, se combinassem com cuidado os materiais usados na fabricação de ímãs, poderiam torná-los bem menores do que o normal sem prejuízo de sua força. Esse efeito de seleção aparecia nos ímãs normais, mas era fraco para ter alguma utilidade prática. Assim, só depois do achado de Gruenberg e Fert encontrou-se um meio eficiente de controlar o spin das correntes elétricas. A descoberta imediatamente chamou a atenção dos especialistas em informática, que perceberam a possibilidade de, com ela, melhorar o desempenho dos computadores.


Materia Completa e Infográfico Explicativo AQUI

Um comentário:

Anônimo disse...

esse hd ae desse tamanho quando diminuir pra 1/4 dele acredito que ele começará a tomar lugar dos outros tipos de armazenamento, questão, velocidade...

ou to errado?